segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Vaidade


Ir:. Nelson Camargo de Mello
Or:. de Ibiporã - PR
Este pequeno Trabalho serve apenas de alerta, vamos expor nosso ponto de vista sobre o tema VAIDADE. Antes porém queremos pedir compreensão pela rudeza de como iremos tratar.
VAIDADE, palavra pequena e de fácil pronunciamento, de tonalidade suave aos ouvidos, porém, encerra em muitas ocasiões, situações gravíssimas no comportamento do ser humano, com consequências desastrosas.
A vaidade, literalmente falando, é a qualidade do que é vão, vanglória, ostentação, presunção malformada de si, futilidade, e etc. Dessas qualidades a vanglória é perniciosa pois objetiva o indivíduo jactancioso, ou seja, presunçoso, arrogante e frívolo.
A presunção malfundada de si traz em seu seio situações embaraçosas, notadamente na Maçonaria, visto que aqui todos tratam-se por Irmãos e presume-se que a verdade deve imperar sempre. Essa má fundamentação sobre si levanta claramente suspeitas sobre a idoneidade daquilo falado.
A tão propalada vaidade feminina não traz consequências pois atém-se tão somente na área de estética. A masculina quando não se atém às futilidades torna-se algo de preocupação, encerra-se muitas vezes em disputas desnecessárias, gerando graves problemas de ordem interna, principalmente quando essa vaidade inclui fator poder. O fator poder é inerente ao ser humano, na Maçonaria no desbastar da Pedra Bruta, ou seja, no seu próprio burilamento cada um recebe a incumbência de burilar a si próprio e aos que estão a sua volta.
Arvorar-se na condição do dever cumprido, de ser possuidor de títulos ou de possuir extensa bagagem maçônica, não contribui em nada para os destinos da Ordem. Maçonaria se faz no dia-a-dia, na conquista permanente de novos adeptos e na tentativa da melhoria constante da espécie humana. A busca incessante e permanente da verdade faz da Sublime Instituição, organização sem similar.
A permanência da Maçonaria como instituição respeitável como é, deve necessariamente contar com a renúncia das possíveis vaidades de seus membros para o bem comum.
Mas, vemos com frequência Irmãos desentendidos ou que se fazem de desentendidos, querendo manter a ferro e fogo o seu círculo de poder. Apesar da inerência do poder ao ser humano, o Maçom pelos ensinamentos recebidos não pode a isso se ater.
A perpetuação de uma instituição passa, com absoluta certeza, pelo grau de compreensão de seus membros e na renovação sistemática de suas lideranças.
Cabe a cada um de seus membros renunciar às vaidades e presunções infundadas para o bem.
A título de exemplo, tem Irmãos que gostam de apologizar-se, em descumprir a legislação em vigor, criando com esses atos bolsões de intransigências, que mais tarde derivam-se na mais pura vaidade e arrogância de ser um descumpridor, notadamente, de um poder que não tem coercitividade, que afinal é o caso da Maçonaria.
Para vivermos em Igualdade, sem qualquer Grau de subordinação, é muito difícil; porém, dentro da Maçonaria é necessário.
Não basta respeitar ao Irmão como homem, deve respeitar como Maçom. Não importa qual o Grau ou Rito que freqüente, importa sim, o respeito pelo ato da Iniciação e pela instituição a que o Maçom pertence.
Esta diversidade que o Maçom possui, deve ela crescer sempre em benefício da ordem, e não transformar-se em um poço de orgulho, egoísmo e vaidade.
Ter vaidade de ser Maçom é muito bom e proveitoso, mas ser um Maçom vaidoso e refém do poder, com absoluta certeza, não trará qualquer benefício à Ordem e aos Irmãos.
O tripé de sustentação da Maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não deve ser distorcido de sua real finalidade. Ao viciar qualquer ensinamento ou distorcê-lo é um perjúrio, os Irmãos devem ter consciência disso.
As reuniões costumeiras e obrigatórias, deveriam servir como bálsamo às nossas dificuldades e angústias do dia-a-dia. Infelizmente não é isso que amiúde presenciamos, a praxe é uma guerra surda no sentido de manter posições, ou seja, o "statu quo ante", isso é incompatível com o princípio da Sublime Instituição.
Entre um homem simplesmente vestido de Avental e um Maçom, tem uma diferença significativa.
O valor monetário que cada um possui, não deveria servir de nível para o empreendimento das ações internas. Cada expressão monetária entregue para a guarda e aplicação de cada Irmão, feita pelo G:. A:. D:. U:., deve ser entendida como encargo e não como alavanca do bem ou do mal. Cada centavo de real confiado a cada um, vai ser exigida a respectiva prestação de contas. A parábola dos talentos vem a isso confirmar. Ninguém é dono de nada, apenas o seu guardião, os Irmãos devem isso se lembrar, o nivelamento pelo valor monetário disponível por cada um, não serve para a caracterização do reconhecimento e vinculação maçônica. Cada Irmão deve ser entendido e aceito independentemente, o que vale e significa muito para a Maçonaria são os fatores intrínsecos, isto é, os fatores internos da Ordem, a sua irradiação de valores humanos, hauridos por seus membros em Loja.
A Maçonaria é uma escola de humanismo e disso ninguém pode duvidar. Tanto no estudo da filosofia, da filologia e no campo social, a Maçonaria incute aos seus adeptos essa capacidade de modificação no comportamento e na visão geral da sociedade, notadamente, nas condutas de moral e ética.
Portanto, dentro da ordem, não há espaço para as vaidades pessoais, devemos sim, preservá-la e mantê-la fora dessas situações tão comprometedoras de seu futuro. Não temos o direito de atentar contra seus sublimes princípios.
Meus Irmãos reflitamos nossas atitudes.
Fonte: Homepage de Loja Maçonica TRIUMPHO DO DIREITO

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