quarta-feira, 21 de março de 2012

O ESTRANHO


Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.
O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares:
Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas o estranho era nosso narrador.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranqüilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.
As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.
Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de cinqüenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome?
Nós o chamamos Televisor...

(Autor desconhecido, pelo menos para mim)  

terça-feira, 13 de março de 2012

O DEFUNTO VISITANTE


Após solicitação da presidência do Conselho de Kadosch de Brasília para apresentação de um trabalho para uma elevação ao Gr.'. 30, na data marcada estava cumprida essa obrigação. Essa peça de arquitetura deveria ser publicada no Boletim do Supremo Conselho. Juntamente com esse trabalho foi enviada prancha ao Supremo Conselho comunicando também o falecimento do Ir.'.  Nicolas, o grego.
Para surpresa de todos, o Boletim do Supremo Conselho do Brasil não publicou o " trabalho " mas trazia na sua Coluna Fúnebre a relação dos Irmãos falecidos, e entre eles estava o meu nome completo: Innocêncio de Jesus Viégas.
Não demorou muito, os velhos amigos passaram a expressar suas condolências à suposta viúva. Entre inúmeras demonstrações de solidariedade algumas curiosas merecem destaque.
Um velho Ir.'. desejava comprar alguns livros de minha Biblioteca, outro também viúvo deixava transparecer nas entrelinhas o desejo de continuar o meu trabalho ao lado dela, não por questão de sexo, mas pela convivência, pois a solidão é muito dolorosa. Outro Ir.'. velho companheiro de farda comunicou em carta o meu comparecimento a uma sessão espírita onde havia deixado psicografada uma linda mensagem encorajadora a todos os IIr.'.
Apesar da correção posterior efetuada na publicação do Boletim do Supremo Conselho, aproveitei a estada do Ir.'. Raimundo do Or.'. de Boa Vista, em minha cidade e autografei um livro e mandei por este portador ao Am.'. Ir.'. Norberto Delegado do Grão Mestre daquele mesmo Estado.
Isso era Outubro de 1994, o Ir.'. Norberto recebeu o presente, ficou feliz, e logo em seguida recebeu o Boletim do Supremo Conselho, referente aos meses Julho/Agosto de 1994 e lá encontrou o meu nome como tendo falecido em Agosto  Esse Am.'. Ir.'. entre arrepios, não entendia como um morto em Agosto oferecia e assinava um livro em Outubro e após urgente contato telefônico com a suposta viúva que confirmava "eu estava vivo".
Um belo dia em viagens de negócios pelo Interior, desejei visitar os trabalhos de uma Loja onde sabia ter um velho companheiro de caserna. Quando cheguei já era tarde e já estavam trabalhando. Bati a porta como de costume e como resposta à ordem para esperar. Logo veio o 1º Exp.'. com o livro para colher a assinatura e levar a identidade civil e maçônica para a conferência do Ir.'. Orador.
Vou relatar aqui o que ocorreu lá dentro e que me foi contado pelo laborioso Ir.'. Secretário, que a tudo viu e ouviu e registrou em sua longa Ata.
Chega o Experto com o livro e as identidades. Entrega ao Orador. O velho guardião da lei lê atentamente. Logo empalidece ao descobrir um grande acontecimento e quase sem poder falar, olha para o Venerável Mestre e balbucia algumas palavras imperceptíveis. O Venerável pede gentilmente ao Orador para repetir suas palavras "um pouco mais altas".
O Orador, recobrando as forças, diz: "Venerável Mestre, algo de anormal está acontecendo. Esse Ir.'. que bate à porta do nosso Templo é o falecido Innocêncio aquém na última sessão prestei solene homenagem pelo seu passamento, e agora, diante de seus documentos, não sei o que fazer. Quero ajuda de algum Ir.'. entendido em coisas do outro mundo para clarear essa fantasmagórica situação!".
O Mestre de Harmonia diante do caso querendo colaborar com a ocasião colocou em surdina a marcha fúnebre de Mozart. Aprendizes e companheiros, admirados e congelados, aguardavam os desfecho. Todos os irmãos passaram a sentir arrepios. O medo era geral. Um dos IIr.'. dizendo-se entendido no assunto, se ofereceu para assumir o comando da situação e passou a pedir calma a todos. Fechou os olhos respirou ofegante, estendeu os trêmulos braços na horizontal, e falou com voz rouca: "O Ir.'. Innocêncio veio pedir luzes. Você, Ir.'. Orador, o elogiou bastante na sessão passada e ele quer agradecer. Pensa que ainda está materialmente entre nós. Deixai que entre".
Eu lá fora, inquieto com tanta demora, resolvi ir ao banheiro. Nisso a porta se abre e o Ir.'. cobridor não me vê na sala. Morrendo de medo, imediatamente fechou a porta e anunciou: Ir.'. 1º Vigilante, o fantasma foi embora! ".
Com o abrir da porta interrompi o que estava fazendo e voltei imediatamente pensando em entrar logo, mas logo me dei conta que a porta estava fechada. Esperei um pouco, fiquei de costas para a dita porta, olhando as fotografias dos futuros IIr.'. que estavam coladas nos editais.
Abre-se a porta outra vez. Era o Mestre de Cerimônias que espiava só com um olho. Voltei a cabeça e esbocei um sorriso. E a porta foi fechada abruptamente. Bem, já que não vou entrar - pensei - vou terminar o serviço que bruscamente havia interrompido, e fui para o banheiro outra vez.
Dentro do Templo, o Mestre de Cerimônias informava solenemente que eu estava lá fora o cobridor, sem acreditar, imediatamente abre a porta e mais uma vez nada vê. Aí pirou de vez. O suposto médium passa a consolar o cobridor, dizendo-lhe que não era vidente e por isso não conseguia ver o espírito do Ir.'. Innocêncio, mas que fizesse um esforço concentrado que logo conseguiria.
A essa altura um Ir.'. pede a palavra "pela ordem" e solicita ao Venerável retirar do Templo os aprendizes e os companheiros, que ainda não se achavam em condições de assistir esse encontro de um morto com os vivos em Loja. Aprovada a solicitação, o Venerável pede ao Mestre de Cerimônias que retire os aprendizes e companheiros.
Logo um nervoso companheiro pede a palavra, antes de ser cumprida a ordem do Venerável, e questiona que não era justo sair e ter que ficar na sala dos p p. com o defunto. Todos concordaram com a ponderação e o Venerável revogou a ordem.
Contornada a situação o Venerável pede ao Mestre de Harmonia a execução de música mais suave para receber o Ir.'. finalmente, abre-se a porta, a música suave da Ave Maria me deixa todo emocionado.
Entrei, fiz o que normalmente se faz e esperei a ordem do Venerável para tomar assento o silêncio dominava a cena. O Venerável disse: "vinde saudoso Ir.'. ao encontro de seus IIr.'. que, emocionados, lamentam a vossa desencarnação. Acomodai-vos no Oriente onde é o vosso lugar!".
Saí passo a passo meditando sobre aquelas palavras. Logo reconheci o velho Ir.'. que era o Orador e olhei para ele com ar de riso. Ele fechou os olhos e baixou a cabeça tristemente. O Venerável Mestre, olhando-me bem firme, disse: "O pranteado Ir.'. vem deixar a sua mensagem, estamos prontos, podeis fazer uso da palavra se esse for o vosso desejo".
Lá fora chovia bastante e vez por outra se podia ouvir o ribombar dos trovões e perceber o clarão dos relâmpagos. Coincidência ou não quando levantei para fazer uso da palavra, uma enorme claridade iluminou tudo e um ensurdecedor barulho de trovão nos deixou estarrecidos.
A luz elétrica imediatamente apagou, ficando apenas as luzes tímidas das velas a iluminar o recinto ao mesmo tempo em que a gritaria na Loja foi desesperadora. Todos querendo sair ao mesmo tempo, uns caindo sobre outros. Pisotearam o Ir.'. cobridor que jazia inerte, todo amarfanhado, e foi imediatamente arrastado para fora por um Ir.'. mais corajoso.
Fiquei só, dentro da Loja. Em vista disso, também com as pernas trêmulas depois de tamanho susto, aproveitei para sair da Oficina e aí ouvi um grito vindo lá de fora: "Lá vem à alma penada!..." E a correria rumo ao portão da frente foi geral e só alguns "sem pernas" ficaram na sala dos p.p. Só aí, depois de ter sido chamado de "alma penada", pude entender todo o desespero dos IIr.'. e imediatamente tratei de esclarecer o que realmente acontecera, que eu estava vivo que foi um erro de publicação do Boletim e que já estava sendo retificado.
A maioria já tinha ido embora para casa não sei como, inclusive o Orador, o meu velho amigo. Nisso volta o falso médium e, ainda ressabiado, olha para dentro e sem entender aquele silêncio, brada com voz enérgica própria dos doutrinadores "Irmão do Além, já passa da meia-noite! A vossa hora terminou. Ide em paz e o senhor vos acompanhe!...".
O Venerável Mestre, um nordestino bem brabo, olha para o falso médium e diz: "deixa de ser frouxo, cabra da peste! Olha a tua calça como está toda molhada. E pelo cheiro forte, não é água da chuva, não! Não estás vendo que o Ir.'. está vivo?".
A gargalhada foi geral. O Venerável pediu mil desculpas e como apreciador das boas coisas, convidou a todos para comemorar a minha "ressurreição". E disse mais: "Quem correu, perdeu!".
O resto da noite foi curta para recordamos o episódio, bebericar o gostoso vinho e rir à vontade dos "corajosos Ir.'. " Que jamais esquecerão " O DEFUNTO VISITANTE ".

Autor: Ir.'. Innocêncio Viégas         -        
Conto Resumido do Livro Contos, Cantos e Encantos   -

terça-feira, 6 de março de 2012

Com o chegar à Loja

Este texto não tem autor, pelo menos assim como está no momento, pode ser de vários autores que alguém um dia reuniu neste formato.
É excelente para ler a qualquer momento, ler e reler sempre.


Qual o estado de ânimo do maçom ao chegar a Loja?

 1º - Cumprimentar seus irmãos com alegria e ser amável ao abraçar cada um, demonstrando a satisfação em participar daquela reunião.
2º - Se necessário, ajudar na preparação da loja e aproveitar a oportunidade para ensinar aos aprendizes os porquês de cada objetivo e seu significado.
3º - Procurar cumprir e estimular os Irmãos para que a reunião tenha início no horário previsto.
4º - Abandonar os problemas ditos "profanos" antes de entrar na sala dos passos perdidos.
5º - Tudo o que for realizar, faça com amor e gratidão, pois muitos desejariam estar participando e não podem.
Lembre-se: MAÇONARIA ALEGRE E CRIATIVA DEPENDE DE VOCÊ (SABER-QUERER-OUSAR-CALAR)

Você pretende ir à Loja hoje?
1º - Sua participação será sempre mais positiva quando seus pensamentos forem mais altruísticos.
2º - Participação positiva será daquele que, com poucas palavras, conseguir contribuir muito para as grandes realizações.
3º - Ao falar, passe pelo crivo das "peneiras", seja sempre objetivo e verdadeiro em seu propósito. Peneiras: 1) Verdade 2) Bondade 3) Altruísmo.
4º - Às vezes um irmão precisa ser ouvido; dê oportunidade a ele para manifestar-se.
5º - Falar muito quase sempre cansa os ouvintes e pouco se aproveita. Fale pouco para que todos possam absorver algo de importante e útil que você tenha a proferir.

 Entendendo meus irmãos.
1º - Eu não posso e não devo fazer julgamentos precipitados daqueles que comigo convivem.
2º - Estamos todos na escola da vida aprendendo a relacionar-nos uns com os outros, e o discernimento é diferente de pessoa para pessoa.
3º - Quanta diversidade existe nas formações individuais. Desejar que o meu Irmão pense como eu é negar a sua própria liberdade.
4º - Temos a obrigação de orientar, ensinar, mas nunca impor pontos de vista pessoais inerentes ao nosso modo de ver, sentir e reagir.
5º - Não é por acaso que nos é sempre cobrada a tolerância. Devo aprender a ser tolerante primeiro comigo mesmo e, então, estende-la aos demais.

 Dia de reunião! Você já sabe o que tem a fazer?
1º - Hoje é dia de reunião, vou dar uma lida no meu ritual para não esquecer os detalhes!
2º - Mesmo que eu já saiba de cor o ritual, não devo negligenciar meu cargo ou minha função em Loja.
3º - Se o irmão cometer alguma falha, corrija: se possível, com discrição, sem fazer disso motivo de chacota e gozação.
4º - Quando a cerimônia é desenvolvida por todos de forma consciente e com amor, todo o ambiente reflete a atmosfera de paz e tranqüilidade entre todos.
5º - O ritual deve ser cumprido em todos os seus detalhes. Quando participado com boa vontade, tudo fica mais belo, sem falhas, sem erros, proporcionando um bem estar geral.

Como devo me apresentar em loja?
1º - O templo é o lugar onde acontece a reunião dos Irmãos imbuídos do desejo de evoluir e contribuir para a evolução dos demais.
2º - Valorizar a reunião, apresentar-se com sua melhor roupa, ou seja:
Despido de toda maldade, manter os pensamentos nobres e altruísticos, valorizando cada Irmão e cumprindo com todas as regras existentes.
3º - Traje limpo, com bom aspecto, revela a personalidade de quem o usa e influenciará diretamente no relacionamento entre os participantes daquela reunião. Tomemos cuidado, pois!
4º - Aquele que é fiel no pouco será fiel no muito, aquele que é infiel no pequeno será igualmente infiel no grande. Cuidado com os relapsos, eles não respeitam nem a si próprio!
5º - Bom seria que todos fossem responsáveis; cabe a cada um de nós criticar construtivamente, visando sempre ao progresso do Irmão imaturo cujo comportamento nos causa constrangimento.

 Elegância.
1º - Como é gratificante constatarmos a elegância de um Irmão; verificar em seu comportamento a expressão de uma educação fina e irrepreensível.
2º - É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
3º - A elegância deve nos acompanhar desde o acordar até a hora de dormir; devemos manifestá-la sempre, nos mais simples relacionamentos, onde não existam fotógrafos nem câmeras de televisão.
4º - Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando para só depois mandar dizer se atende.
5º - Se os amigos, os Irmãos, não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe, não é frescura.
É A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO...

 O Iniciado
1º - Quando vossos olhos se abriram para a verdadeira luz, uma infinidade de objetos, novos para o vosso entendimento, atraiu a vossa atenção.
2º - As diversas circunstâncias que rodearam a vossa recepção, as provas a que fostes submetidos, as viagens que vos fizeram efetuar e os adornos do templo em que vos encontraste, tudo isso reunido deveria ter excitado a vossa curiosidade, e para satisfazê-la não há outro caminho senão o da
busca do conhecimento e da verdade.
3º - A maçonaria, cuja origem se perde na noite dos tempos, teve sempre por especial escopo agremiar todos os homens de boa vontade que, convencidos da necessidade de render sincero culto à virtude, procuram os meios de propagar o que a doce e sã moral nos ensina.
4º - Como esses homens desejam trabalhar nessa obra meritória com toda tranqüilidade, calma e recolhimento, reúnem-se para isso nos Templos Maçônicos.
5º - Os verdadeiros Maçons trazem constantemente na sua memória não somente as formas gráficas dos símbolos maçônicos, como, e muito principalmente, as grandes verdades morais e científicas que os mesmos representam. Sejamos então todos verdadeiros.

 Livre e de bons costumes.
1º - Para que um candidato seja admitido à iniciação, a maçonaria exige que ele seja "livre e de bons costumes".
2º - Existindo os servos, durante a idade média, todas as corporações exigiam que o candidato a Aprendiz para qualquer ofício tivesse nascido livre", visto que, como servo ou escravo, ele não era dono de si mesmo.
3º - De bons costumes por ter orientado sua vida para aquilo que é mais justo, mais elevado e perfeito.
4º - Essas duas condições tornam o homem qualificado para ser maçom e com reais possibilidades de desenvolver-se a fim de tornar-se um ser perfeito.
5º - Verdadeiro Maçom é: "Livre dos preconceitos e dos erros, dos vícios e das paixões que embrutecem o homem e fazem dele um escravo da fatalidade.

 O que não devo esquecer.
1º - A maçonaria combate a ignorância, de todas as formas com que se apresenta.
2º - Devo cultivar o hábito da leitura para enriquecer em conhecimento, ajudar de forma consciente todos aqueles que estão a minha volta.
3º - Estar atento e lembrar sempre a meus irmãos que um maçom tem de ter uma apresentação moral, cívica, social e familiar sem falhas ou deslize de qualquer espécie.
4º - Não esquecer: as palavras comovem, mas os exemplos arrastam! Tenho, como Maçom que sou, de servir sempre de exemplo, em qualquer meio que estiver.
5º - Lutar pelo princípio da eqüidade, dando a cada um, o que for justo, de acordo com a sua capacidade, suas obras e seus méritos.

 O tronco de beneficência.
1º - Possui várias denominações, como: Tronco de solidariedade, de Beneficência, dos Pobres, da Viúva, etc.
2º - A segunda bolsa é conduzida pelo Hospitaleiro, que também faz o giro, obedecendo a hierarquia funcional; oferece a bolsa aos Irmãos sem olhar para a mão que coloca o óbolo.
3º - Contribuir financeiramente para a beneficência é um dos deveres mais sérios de todo maçom, uma vez que, junto com o seu óbolo, lança os "fluidos espirituais" que o acompanham, dando afinal muito mais que os simples valores materiais.
4º - "Mais bem aventurado é o que dá, do que o que recebe", é um preceito bíblico que deve estar sempre em nossa mente.
5º - Quando colocamos o nosso óbolo, devemos visualizar o destinatário, enviando-lhe nosso carinho e votos de prosperidade.