Autor: Sérgio Quirino Guimarães
ARLS Presidente Roosevelt, Nº25 – GLMMG
Quem fala muito atrapalha a reunião! Mas por que isso acontece? Por
dois motivos: vaidade e ingenuidade.
A vaidade é, facilmente, notada quando o locutor coloca os verbos na
primeira pessoa; suas manifestações parecem testemunhos. Ele julga que, em
todos os assuntos da Loja, os Irmãos devem escutar sua opinião e tem a
capacidade de ocupar mais tempo do que o ritualizado para o Quarto de Hora de
Estudos.
A ingenuidade é aparente naqueles que saúdam as autoridades,
visitantes e, ainda, dão as conclusões sobre a Sessão (funções do Orador).
Também, sempre, manifestam-se sobre as Instruções (função das Luzes ou daqueles
que o Venerável indicar); após a leitura do Balaústre, pedem a palavra, saúdam,
nominalmente, todos os presentes e questionam o Secretário sobre qualquer
questiúncula, o que deveriam fazer após a Sessão.
Devemos entender que qualquer reunião, ultrapassando duas horas, é
cansativa e improdutiva; há Irmãos que trabalharam o dia inteiro e desejam, à
noite, encontrar o grupo para serenar os ânimos e harmonizar-se com o Criador.
Vivemos num tempo onde o perigo é uma constante e a abertura da porta de um lar
após as 23h é um risco para toda a família.
Observemos que, quando o Irmão falador pede a palavra, toda a Oficina
“trava” e, assim, há uma quebra do Egrégora da Sessão. Por outro lado, quando
aquele Irmão, que pouco se manifesta, pede a palavra, todos se voltam para ele
com atenção e respeito.
Devemos nos conscientizar de que, se quisermos contribuir para a
formação dos Irmãos, deveremos fazê-lo pelo Exemplo, e não pela palavra! A
verborreia é uma deficiência, um vício, que avilta o homem!
Quando formos visitar uma Loja, estaremos lá para aprender, e não para
ensinar. O silêncio torna-se uma prece nas Sessões Magnas, compreensivelmente
mais longas e, sempre, com a presença de outros visitantes; deixemos que o
Orador nos apresente e fiquemos com o Sinal de Ordem, para dizer a toda a
Oficina que somos o nominado e estamos de P∴ e à O∴.
Dar os parabéns pelos trabalhos só é necessário para os que têm
necessidade de lustro na vaidade. Se o Irmão quiser ocupar mais de três minutos
(tempo mais que salutar), pode agendar com o Secretário sua participação no
Quarto de Hora de Estudos ou na Ordem do Dia.
No período, destinado à Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em
Particular, devemos priorizar, trazendo notícias dos Irmãos ausentes (não vale
justificar a falta, pois deve ser feito por escrito pelo mesmo, acompanhado
obrigatoriamente do óbolo) e louvando os feitos da Ordem.
O Livro da Lei nos ensina: “Pois o Reino de Deus não consiste em
palavras, mas na virtude” (I Coríntios: 4,20). Lembremo-nos de que todos nós,
independente do Grau ou de Cargos, somos responsáveis pela qualidade das
Sessões Maçônicas.
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