Enviado pelo Ir.’. Antonio
Claudino • Loja Formosa União
A reunião maçônica é sem dúvida
um dos atos mais significativos e importantes na Maçonaria, e isso nos faz crer
que, antes de dirigirmos a esta reunião, necessário se faz nos prepararmos
física – psíquica e emocionalmente para que tudo aconteça dentro da nossa
expectativa.
Esse preparo se assemelha ao
mesmo que fazemos quando vamos a uma festa na vida profana, ou seja, com o
coração e a mente receptivos aos acontecimentos alegres, interessantes e no
nosso caso específico, esclarecedores.
Do mesmo modo que cuidamos do
nosso interior, devemos dar atenção à nossa vestimenta, evitando o uso de
tênis, alpargatas e valorizando o uso do sapato preto, que é sem dúvida o mais
adequado.
A partir do momento em que nos
encontramos em Loja, unidos em pensamento e com nossa intenção voltada para o
mesmo objetivo, fazemos uma corrente positiva, e, logicamente atraímos do Mais
Alto inspirações que nos levam a nos unir cada vez mais para o bom andamento do
nosso trabalho; propiciando um ambiente leve, saudável e uma perfeita união de
amor fraternal.
Todos nós seres humanos comuns,
somos frágeis, sensíveis, mas temos forte em nosso coração a fraternidade que é
um dos nossos lemas; por essa razão meus Irmãos é de suma importância passarmos
nossas palavras pelo crivo da razão e da generosidade, pois, as palavras
salutares elevam aqueles que a ouvem, entretanto, quando proferidas
impensadamente, com inflexão agressiva, sem o raciocínio e a devida prudência
magoam e ferem como lâminas afiadas.
A Maçonaria é uma instituição
filantrópica, filosófica, que tem o objetivo de agrupar seres humanos que
possuem planos futuros que se coadunam aos demais Irmãos. São homens de todas
as formações profissionais, científicas, liberais, braçais, em suma, engloba
todas as atividades exercidas pelo homem. O trabalho tem como meta beneficiar a
todos e tem seu fundamento na amizade, na boa intenção de quem o fez, razão
pela qual necessita-se abster-se de comentários não éticos.
Esse fato, no meu entender, é o
mais importante e explico por quê.
São apresentados trabalhos de
todos os quilates. Ao apresentarmos um trabalho que tem em mente apenas a nossa
contribuição em relação à nossa vivência e com nossos conhecimentos aguardamos
comentários a respeito do trabalho apresentado, comentário esse que nos oriente
e que nos incentive.
Cada um de nós possui seu
pensamento e sua maneira própria de agir e interpretar. Somos diferentes;
alguns possuem facilidades de expressão; outros de escrita e, os mais sábios,
que conseguem tirar proveito de todos os conhecimentos apresentados.
Não raros os trabalhos
apresentados são longos, o que nos impossibilita de podermos tirar todos os
ensinamentos apresentados. Isso é natural, porém devemos em nosso próprio lar
examiná-lo e absorver na íntegra as questões nele inseridas.
No meu modo de ver somos
modernistas e não donos da verdade; de tudo o que nos é oferecido, devemos
aproveitar ao máximo o conteúdo desse; dar uma palavra otimista sobre o
trabalho apresentado é de suma importância, pois, dessa maneira, creio eu, o
apresentador terá mais motivação para apresentar outros tantos trabalhos.
Essa é minha maneira de ver as
coisas, o meu modo de pensar, sentir e agir; não fazer perguntas capciosas; se
a dúvida aparecer falar in off com o Irmão ou então estudar a respeito.
É óbvio que todos nós precisamos
ler e estudar as bases da filosofia maçônica para possuir conteúdo quando
abordar algum ensinamento. Temos Irmãos que apresentam brilhantes trabalhos e
sempre procuram nos indicar o norte, com a finalidade de adquirirmos uma
orientação segura. Nossa Sublime Ordem é a única organização que transforma em
Irmãos pessoas de crenças religiosas diferentes, pois nela convivem
harmonicamente espíritas, católicos, protestantes, budistas, maometanos, judeus
e etc.
Deus, nosso Pai, sempre Se lembra
de nós, suas criaturas e nos proporciona direção segura por meio de pequenas
estórias que nos indicam o caminho do bem; como esta que passo a narrar-lhes.
–”Existia um maçom ilustre que
sempre ministrava palestras, ilustrando-as com palavras bonitas, sábias e com
muito exemplo de vida. Como seu ouvinte assíduo havia um Irmão que em silêncio
assistia a suas palestras e nenhum comentário fazia. Permanecia sempre quieto
em seu lugar, com sua atenção voltada para os ensinamentos que eram passados.
Alguns anos se passaram e chegou
o dia do retorno de ambos para o oriente eterno.
Nosso Pai os recebeu.
O palestrante famoso, falante,
foi recebido de maneira simples, entretanto, na sala ao lado aquele que apenas
ouvia as palestras era recebido com grande alegria e muita festa. O orador
famoso reivindicou seus direitos, pois fora ele quem ensinara tudo a todos que
o ouvia. Deus apenas respondeu: ‘– Meu filho, enquanto você pregava, ele ouvia
com atenção, e, no dia seguinte enquanto você não se lembrava mais do que
dissera, ele os colocava em prática.’”
Nós, maçons, temos a mania de
criticar a Maçonaria, que não trabalha mais como antigamente; será que estamos
certos? Vamos nos basear nessa estória acima descrita, ou seja, falar menos e
trabalhar mais, sem cair no saudosismo, pensar e agir no hoje tendo consciência
de que tudo depende de nós, e somos nós que faremos da Maçonaria o que achamos
que deve ser feito. Se adequarmos as realizações atuais de muitos Irmãos,
trabalhando juntos, lado a lado, atentos ao que podemos fazer o que é
necessário realizar para que nossos Irmãos tenham no futuro boas recordações de
nossas realizações, acredito que tudo será como antes.
Temos em Loja aprendizes
brilhantes, é nosso dever fazer o máximo para encaminhá-los adequadamente; se
conseguirmos que esses Irmãos tenham em seus corações a Maçonaria, continuando
com esse amor e interesse por ela, com certeza sentiremo-nos felizes e
realizados.
Nossos aprendizes possuem, além
de seus interesses e competências pelas questões da Maçonaria, um excelente
orientador que é o Irmão Segundo Vigilante.
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