Irmão Henrique Bosco
A Pedra Bruta, símbolo do Aprendiz Maçom, é uma das três jóias fixas da loja e está colocada à esquerda da Coluna “B”, próxima ao Altar do 1º Vigilante, nela trabalham os Aprendizes, marcando-a e desbastando-a até que seja julgada polida pelo Venerável Mestre.
A Pedra, de uma maneira geral, sempre provocou admiração e espanto ao ser humano, sendo bastante reverenciada nas manifestações religiosa tanto pela sua solidez como por sua perduração, a firmeza inabalável, que é atributo da Divindade. Por esta razão, os homens procuraram sempre edificar com pedras os templos dedicados à divindade, proibindo ao povo de construir habitações com outro material que não fosse terra cozida ao sol.
Na antiguidade, a arquitetura sempre foi considerada como arte sagrada e intimamente ligada aos sacerdotes e à religião. Posteriormente, na Idade Média, foi a arte dos maçons operativos aos quais a maçonaria especulativa sucedeu. Por isso, constituindo a arquitetura uma das bases do simbolismo maçônico, a pedra nele ocupa abundante representação, simbolizando em geral todas as obras morais e todos os materiais de inteligência empregados para fins maçônicos.
Dentro da simbologia Hebraica, como na Egípcia, a pedra é também o símbolo da falsidade. Assim, o nome de Tiffão, o princípio do mal da simbologia Egípcia, foi sempre escrito em caracteres hieroglíficos, com o sinal determinativo da pedra. Mas a pedra de Tiffão foi a pedra talhada, tendo idêntico mau significado em Hebraico. Desta forma disse Jehovah em Êxodo: “Não construireis para mim um altar de pedras lavradas”; e Josué edificou, no Monte Ebal, “um altar de pedras intactas”; sobre as quais nenhum homem levantou qualquer ferro. A pedra talhada era, desta forma, um símbolo do mal e da falsidade e a pedra bruta um símbolo do bem e da verdade.
Plantagenet (ou Plantageneta), ao contrário da maioria dos autores maçônicos, considera a pedra talhada como símbolo da obscuridade e servidão, ao passo que faz da pedra bruta o símbolo da liberdade. Diz ele: “E ainda hoje não é vergado sob o fardo da pedra talhada, acabada, composta de todos os prejuízos, de todas as paixões, de toda a intransigência das fórmulas absolutas, aceitas sem controle como expressão da inexpugnável e única verdade, que fazem do homem o escravo de seu meio, que vemos o profano apresentar-se à porta do Templo e pedir à Luz? Uma Loja Justa e Perfeita, proporciona-lhe essa Luz e, ao mesmo tempo, liberta-o iniciaticamente da servidão. Livre, o neófito simbolizará sua liberdade por uma pedra bruta, com a qual ele se identificará. Obreiro da Grande Obra, há de consagrar a primeira parte de sua vida maçônica em desbastá-la...
Chegará ele algum dia ao fim de suas fadigas?
Ninguém o pode prever, pois a meta que ele mesmo traçou para si não é tornar a fazer da pedra bruta uma dessas pedras talhadas com as quais o homem edifica prisões, mas sim de transmutá-las numa dessas pedras vivas com as quais o iniciado levanta templos. O segredo desta operação não está perdido, mas nem sempre é compreendido.
A Gedalge afirma também, que a pedra bruta é análoga à matéria prima dos hermetistas, devendo ser talhada com cuidado com o malho, para que chegue a apresentar a forma de um cubo. Dentro da alquimia existia um ramo puramente místico a qual numerosos hermetistas se dedicavam.
A preparação da pedra filosofal e as operações alquímicas, nos escritos de certos filófosos, não passam de sucessivas purificações do ser humano na busca do conhecimento iluminador. Para eles o chumbo significava vulgaridade, grosseria e falta de inteligência, e o ouro precisamente ao contrário. Iniciados, desinteressam-se dos bens perecíveis, dos metais ordinários que fascinam os profanos. Relacionam tudo ao homem que é perfectível, e em quem o chumbo é realmente transmutável em ouro. O simbolismo alquímico não se aplica, portanto, à matéria, mas a operações espirituais. As imagens representam a evolução interior. A matéria sobre a qual é preciso trabalhar é o próprio homem. Não é outra coisa senão a purificação do Ser que tornará o homem capaz de ascender ao supremo conhecimento.
Segundo Aslan ”A pedra bruta é o símbolo da idade primitiva e portanto, do homem em estado natural e sem instrução; é a imagem da alma do profano antes de ser instruído nos mistérios maçônicos. É a representação da cegueira e da ignorância, das paixões humanas indomáveis, da teimosia, do mau gosto e individualismo egocêntrico. A tarefa dos Aprendizes consiste em trabalhar, simbolicamente, no desbaste da pedra bruta, a fim de despojá-lo das asperezas, transformando-a assim numa pedra cúbica mais própria para o trabalho da construção, que na maçonaria é a construção do templo da humanidade”.
No desbaste de sua pedra bruta, o Aprendiz deverá contar com habilidade e orientação, sob o risco de nada conseguir, a não ser fragmentar a pedra em outras proporções sempre brutas e disformes.
A pedra bruta representa, pois, a natureza humana ainda não trabalhada, simbolizando a imperfeição da personalidade do aprendiz que ele deve desbastar de sua ganga original. Libertando o seu espírito de preconceitos e vícios num trabalho contínuo de aperfeiçoamento.
Extraído do Livro: Obreiros em Ação. Livro editado pela ARLS Regeneração Catarinense nº 138, cujos autores, são obreiros da mencionada Loja.
A Pedra, de uma maneira geral, sempre provocou admiração e espanto ao ser humano, sendo bastante reverenciada nas manifestações religiosa tanto pela sua solidez como por sua perduração, a firmeza inabalável, que é atributo da Divindade. Por esta razão, os homens procuraram sempre edificar com pedras os templos dedicados à divindade, proibindo ao povo de construir habitações com outro material que não fosse terra cozida ao sol.
Na antiguidade, a arquitetura sempre foi considerada como arte sagrada e intimamente ligada aos sacerdotes e à religião. Posteriormente, na Idade Média, foi a arte dos maçons operativos aos quais a maçonaria especulativa sucedeu. Por isso, constituindo a arquitetura uma das bases do simbolismo maçônico, a pedra nele ocupa abundante representação, simbolizando em geral todas as obras morais e todos os materiais de inteligência empregados para fins maçônicos.
Dentro da simbologia Hebraica, como na Egípcia, a pedra é também o símbolo da falsidade. Assim, o nome de Tiffão, o princípio do mal da simbologia Egípcia, foi sempre escrito em caracteres hieroglíficos, com o sinal determinativo da pedra. Mas a pedra de Tiffão foi a pedra talhada, tendo idêntico mau significado em Hebraico. Desta forma disse Jehovah em Êxodo: “Não construireis para mim um altar de pedras lavradas”; e Josué edificou, no Monte Ebal, “um altar de pedras intactas”; sobre as quais nenhum homem levantou qualquer ferro. A pedra talhada era, desta forma, um símbolo do mal e da falsidade e a pedra bruta um símbolo do bem e da verdade.
Plantagenet (ou Plantageneta), ao contrário da maioria dos autores maçônicos, considera a pedra talhada como símbolo da obscuridade e servidão, ao passo que faz da pedra bruta o símbolo da liberdade. Diz ele: “E ainda hoje não é vergado sob o fardo da pedra talhada, acabada, composta de todos os prejuízos, de todas as paixões, de toda a intransigência das fórmulas absolutas, aceitas sem controle como expressão da inexpugnável e única verdade, que fazem do homem o escravo de seu meio, que vemos o profano apresentar-se à porta do Templo e pedir à Luz? Uma Loja Justa e Perfeita, proporciona-lhe essa Luz e, ao mesmo tempo, liberta-o iniciaticamente da servidão. Livre, o neófito simbolizará sua liberdade por uma pedra bruta, com a qual ele se identificará. Obreiro da Grande Obra, há de consagrar a primeira parte de sua vida maçônica em desbastá-la...
Chegará ele algum dia ao fim de suas fadigas?
Ninguém o pode prever, pois a meta que ele mesmo traçou para si não é tornar a fazer da pedra bruta uma dessas pedras talhadas com as quais o homem edifica prisões, mas sim de transmutá-las numa dessas pedras vivas com as quais o iniciado levanta templos. O segredo desta operação não está perdido, mas nem sempre é compreendido.
A Gedalge afirma também, que a pedra bruta é análoga à matéria prima dos hermetistas, devendo ser talhada com cuidado com o malho, para que chegue a apresentar a forma de um cubo. Dentro da alquimia existia um ramo puramente místico a qual numerosos hermetistas se dedicavam.
A preparação da pedra filosofal e as operações alquímicas, nos escritos de certos filófosos, não passam de sucessivas purificações do ser humano na busca do conhecimento iluminador. Para eles o chumbo significava vulgaridade, grosseria e falta de inteligência, e o ouro precisamente ao contrário. Iniciados, desinteressam-se dos bens perecíveis, dos metais ordinários que fascinam os profanos. Relacionam tudo ao homem que é perfectível, e em quem o chumbo é realmente transmutável em ouro. O simbolismo alquímico não se aplica, portanto, à matéria, mas a operações espirituais. As imagens representam a evolução interior. A matéria sobre a qual é preciso trabalhar é o próprio homem. Não é outra coisa senão a purificação do Ser que tornará o homem capaz de ascender ao supremo conhecimento.
Segundo Aslan ”A pedra bruta é o símbolo da idade primitiva e portanto, do homem em estado natural e sem instrução; é a imagem da alma do profano antes de ser instruído nos mistérios maçônicos. É a representação da cegueira e da ignorância, das paixões humanas indomáveis, da teimosia, do mau gosto e individualismo egocêntrico. A tarefa dos Aprendizes consiste em trabalhar, simbolicamente, no desbaste da pedra bruta, a fim de despojá-lo das asperezas, transformando-a assim numa pedra cúbica mais própria para o trabalho da construção, que na maçonaria é a construção do templo da humanidade”.
No desbaste de sua pedra bruta, o Aprendiz deverá contar com habilidade e orientação, sob o risco de nada conseguir, a não ser fragmentar a pedra em outras proporções sempre brutas e disformes.
A pedra bruta representa, pois, a natureza humana ainda não trabalhada, simbolizando a imperfeição da personalidade do aprendiz que ele deve desbastar de sua ganga original. Libertando o seu espírito de preconceitos e vícios num trabalho contínuo de aperfeiçoamento.
Extraído do Livro: Obreiros em Ação. Livro editado pela ARLS Regeneração Catarinense nº 138, cujos autores, são obreiros da mencionada Loja.
Parabéns pelo trabalho, ma sna minha opinião deveria resumir mais, tem muito trechos repetidos...
ResponderExcluir