terça-feira, 29 de março de 2011

Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito

Simbólicos ou Tradicionais
1) Aprendiz
2) Companheiro
3) Mestre

Lojas da Perfeição ou Filosóficos
4) Mestre Secreto
5) Mestre Perfeito
6) Secretário Íntimo ou Mestre por Curiosidade
7) Preboste e Juiz ou Mestre Irlandês
8) Intendente dos Edifícios ou Mestre em Israel
9) Cavaleiro Eleito dos Nove Mestre Eleito dos Nove
10) Cavaleiro Eleito dos Quinze ou Ilustre Eleito dos Quinze
11) Sublime Cavaleiro dos Doze ou Sublime Cavaleiro Eleito
12) Grão-Mestre Arquitecto
13) Cavaleiro do Real Arco (de Enoch)
14) Grande Eleito da Abóboda Sagrada de Jaime VI ou Grande Escocês da Perfeição ou Grande Eleito ou Antigo Mestre Perfeito ou Sublime Maçom

Capítulos
15) Cavaleiro do Oriente ou da Espada
16) Príncipe de Jerusalém (Grande Conselheiro)
17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18) Cavaleiro ou Soberano Príncipe Rosa-Cruz

Areópagos
19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês de Jerusalém Celeste
20) Soberano Príncipe da Maçonaria ou Mestre "ad Vitam" ou Venerável Grão-Mestre de todas as lojas
21) Cavaleiro Prussiano ou Noaquita
22) Cavaleiro Real Machado ou Príncipe do Líbano
23) Chefe do Tabernáculo
24) Príncipe do Tabernáculo
25) Cavaleiro da Serpente De Bronze
26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário
27) Grande Comendador do Templo ou Soberano Comendador do Templo de Salomão
28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto
29) Grande Cavaleiro Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos Cruzados ou Grão-Mestre da Luz
30) Grande Inquisidor, Grande Eleito Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da Águia Branca e Negra

Administrativos
31) Grande Juiz Comendador ou Grande Inspetor Inquisidor Comendador
32) Sublime Cavaleiro do Real Segredo ou Soberano Príncipe da Maçonaria
33) Soberano Grande Inspector-Geral.

Conclusão do A.'.M.'.

Esteio, 24 de fevereiro de 2011

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Conclusão do Aprendiz Maçom

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

Depois de freqüentar a nossa Loja, participar das Instruções de Aprendiz e fazer sobre cada uma delas uma peça de arquitetura, bem como me envolver em trabalhos, pesquisas e leituras, trago agora minha conclusão de meu aprendizado até o momento.
Sem sombra de dúvidas o mais marcante de tudo foi a iniciação. Não tem como negar isso, foi realmente algo novo, um abrir de olhos, um esclarecimento para uma nova vida. As viagens, os ensinamentos e a ritualística quando com os olhos vendados, serviram para muita coisa, mas a maior delas foi a formação de uma confiança que tive em todos na condução dos trabalhos. Cada segundo que passava, mais e mais despertava em mim a vontade do conhecimento, de me envolver com tudo o que estava acontecendo. Depois da retirada das vendas, o descobrimento da Luz, bela visão do Templo e, já tratado como irmão, mesmo que neófito, sorvia com prazer tudo o que me era transmitido.
Vieram então as sessões ritualísticas e as Instruções. A primeira nos mostrando toda a riqueza da simbologia maçônica. A segunda, nos mostrando a existência de um ser superior, o caminho que devemos trilhar, bem como nos foi apresentados mais figuras alegóricas. A terceira nos foi revelado e enfatizados os significados dos símbolos e alegorias pelos quais a Maçonaria revela seus segredos aos novos iniciados. A quarta instrução nos foi mostrado as dimensões do Templo e muito enfatizada a Moral Maçônica. Na quinta instrução nos trouxe ao conhecimento a simbologia dos números 1, 2, 3 e 4.
Mesmo quando a sessões não fossem de instruções, muita coisa nos foi ensinado, nos foi mostrado os caminhos que devemos trilhar, as escolhas que devemos fazer, contra o que devemos lutar, as verdades que devemos transmitir e aprende, as vaidades que devemos deixar de lados, como vencer nossas paixões, como escolher o que seguir e o que fazer, toda a atenção que devemos ter com o que e quem nos cercam.
Todas as instruções e mais alguns trabalhos solicitados pelo Irmão Primeiro Vigilante, foram cruciais para o meu crescimento como maçom. Fizeram com que eu olhasse para a vida com outros olhos, com isso eu estava iniciando o polimento de minha pedra bruta. Sei que muito ainda tenho de caminhar para alcançar meus objetivos, mas acredito que já estou engatinhando pelo caminho certo com a forma que estou sendo conduzido pelos Mestres nesta minha marcha.



Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Quinta Instrução do A.'. M.'.

Esteio, 25 de novembro de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Quinta Instrução

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

A Quinta Instrução é a última do grau de Aprendiz Maçom.
Depois de conhecer o painel da Loja e de seus símbolos e emblemas, visto nas primeiras quatro instruções, esta servirá pra completar o conhecimento que todo aprendiz necessita para avançar em seu caminho para tornar-se justo e perfeito.
A Ciência dos números é conhecida e utilizada desde a antiguidade, sendo desde sempre, transmitida pelas iniciações.
Com relação à representatividade dos três primeiros números, temos:
Número 1 – (Mônoda) representa a unidade, o individualismo, o astro e o homem, isto é, o princípio ativo.
Número 2 – (Díada) significa o divisível, o símbolo do contrário, o antagônico ou o passivo com relação ao 1, assim sendo, sempre há um “oposto”: ao fogo a água; ao bem o mal; ao escuro a luz; à verdade a falsidade, ao homem a mulher; ao quente o frio; ao alto o baixo; à inércia o movimento; ao preto o branco. Por isso, na antiguidade representava o inimigo, símbolo da dúvida. Diz-se que o Aprendiz não deve se aprofundar no estudo deste número, pois ainda imaturo e fraco no entendimento das tradições, pode guinar para o caminho oposto. Mais uma razão para que o Aprendiz deve sempre ser orientado por um Mestre, quando não diretamente, que indague sempre os Mestres para saber se está no caminho certo. Para que as dúvidas cessem, há a necessidade de acrescer outra unidade para que o equilíbrio se estabeleça,
Número 3 – (Tríada) representa o equilíbrio, é atribuído à trindade de Deus, o pensamento o amor e a ação, a Tríade. Representa nossa “válvula de escape” da unidade e do binário, pois no Ternário, procedemos a conciliação do Binário e da Unidade. Três representa a Luz (Fogo, Chama e Calor), três são os pontos que o Maçom deve ser orgulhar de apor junto a seu nome, Três são as qualidades essenciais para todo o Maçom, Vontade, Amor e Inteligência e SEMPRE estas Três qualidades devem andar juntas, pois devem andar sempre em equilíbrio. De nada serve A Vontade e o Amor sem a Inteligência por não se saber como usar esta vontade cheia de amor, Nem somente o Amor com a Inteligência, mas se não se tiver Vontade, nada será feito. E de que adianta ter Vontade e Inteligência se falar o Amor? Do mesmo modo que individualmente cada uma destas qualidades não trarão nada a ninguém. De que adianta ter Vontade sem Amor e sem Inteligência? De que adianta se ter Amor se não se tem Vontade nem Inteligência? E fazer o quê com a Inteligência na fala do Amor e da Vontade?
O número três representa o espírito.
O número 3 é o primeiro número perfeito e completo em energia, pois somados o primitivismo do 1 ao antagonismo do 2, surge o equilíbrio, a expressão do absoluto, contendo o Ativo e o Passivo.
Podemos dizer que o mundo é real e triplo, pois se o homem se compõe de três elementos, o corpo, a alma e o espírito, o Universo é dividido em três esferas concêntricas, o mundo natural, o mundo humano e o mundo divino.
A Tríade também é a base da geometria, pois o triângulo é sua principal figura, embasa também a música, pois um acorde é composto de no mínimo três notas.
Faz parte da mais singular composição da família, o pai, a mãe e o filho, representando o Ativo, o Passivo e o Resultado.
No catolicismo encontramos demonstrada com grande insistência, como no Batismo, Crisma e Comunhão; Pai, Filho e Espírito Santo; e nas três virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade. Três reis foram adorar o menino Jesus ao nascer, estes mesmos levaram três presentes, Pedro, mesmo tendo negado Cristo por três vezes, recebeu as três chaves do paraíso e até mesmo o Mestre, após sua morte, ressuscitou no terceiro dia.
Na Maçonaria também, e não poderia ser diferente, faz parte em infindáveis atributos relacionados ao três:
É composta por Aprendizes, Companheiros e Mestres;
O Templo é sustentado por três colunas, Sabedoria, Força e Beleza;
A divisa da Ordem é composta pelos conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, guardados por um dês seus mais significativos símbolos, o triângulo;
Uma Loja tem três jóias móveis e três jóias fixas;
A Idade do Aprendiz Maçom é de três anos;
Para sua aceitação percorre três viagens;
Dá-se três pancadas na porta para se “anunciar” à porta do Templo;
Adentrando ao Templo se faz com a Marcha por três passos;
No Cumprimento, tem-se o Tríplice e Fraternal Abraço;
O Toque também tem presente o três;
O mesmo acontece com a Bateria, são três golpes;
Na aclamação a palavra é repetida também por três vezes;
Três pontos que se deve usar junto ao nome na assinatura;
Também para alcançar o Grau de Mestre, deve subir os Três Primeiros Degraus;
A Maçonaria orienta-se principalmente pelas Três Primeiras Artes, a saber: a Gramática, a Lógica e a Retórica;
Temos também o telhamento que está ligado à configuração do três, onde há três respostas composta por tríplice analogia:
P- Que trazeis?
R- Amizade, Paz e Prosperidade...
P- A quem representais?
R- ...T.’.F.’.A.’. ...
P- Que vindes aqui fazer?
R- Vencer minhas paixões, submeter minhas vontades e fazer novos progressos na maçonaria.
Como vemos, a presença dos números em nossa vida profana é grande e muito maior ainda na simbologia Maçônica.



Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Quarta Instrução do A.'. M.'.

Esteio, 07 de outubro de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Quarta Instrução

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

A Quarta Instrução, é dividida nitidamente em dois temas centrais. O primeiro, da Forma e Dimensões do Templo, bem como sua Sustentação, e o segundo tema, trata da Solidariedade, da Moral Maçônica e de como devemos agir na ajuda a nossos semelhantes e o combate à ignorância e o fanatismo.
Nosso Templo é um quadrilongo que se estende do Oriente, onde nasce a Luz, ao Ocidente, onde esta Luz é espalhada, bem como a ciência e a civilização, que surgiram no Oriente e se espalharam para o Ocidente, também a Doutrina do Amor, da Fraternidade e o Cumprimento da Lei vieram para o Ocidente a partir do Oriente. Sua largura vai do Norte ao Sul e sua altura do Zênite (Terra) ao Nadir (Céu). Isto quer dizer que não tem limites, compreendendo todo o universo.
O sustentáculo da Loja é feito por três Colunas, a Sabedoria representada pelo Venerável Mestre, a Força representada pelo Irmão Primeiro Vigilante e a Beleza representada pelo Irmão Segundo Vigilante. A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, a Força deve nos animar a sustentar nossas vicissitudes e a Beleza deve adornar nossas ações, nosso caráter e nosso espírito. Estas colunas também representam Salomão pela Sabedoria, Hiram pela Força e Hiram Abif pela Beleza. Sabedoria, Força e Beleza também são conceitos de virtudes morais que todo o homem deve ter, principalmente o maçom, representando a Fé, a Esperança e a Caridade.

Estas são as três Luzes, as Três Colunas que são os sustentáculos de nossa Loja:

Venerável Mestre – – – –Irmão Primeiro Vigilante – – –Irmão Segundo Vigilante
Sabedoria – – – – – – – –Força – – – – – – – – – – – – Beleza
Salomão – – – – – – – – Hiram – – – – – – – – – – – – Hiram Abif
Oriente – – – – – – – – – Ocidente (Norte) – – – – – – –Ocidente (Sul)
Mundo Espiritual – – – –Mundo Material – – – – – – – –Mundo Material
Coluna Jônica – – – – – Coluna Dórica – – – – – – – – Coluna Coríntia
Minerva ou Atenas – – – Hércules – – – – – – – – – – –Artemis ou Diana Vênus
Verdade – – – – – – – – Justiça – – – – – – – – – – – – Harmonia
Esquadro – – – – – – – –Nível – – – – – – – – – – – – – Prumo

A segunda parte da Quarta Instrução, nos fala de que devemos combater com todas nossas forças à ignorância por ser ela a causa de todos os vícios e tem como princípios o “nada saber”, “saber mal o que sabe” e “saber outras coisas além do que deve saber”. Todo ignorante não tem a tolerância que todo homem deve ter, nem amor fraternal e nem mesmo respeito a si mesmo, perturbando com isso a sociedade como prega o verdadeiro maçom, evitando que o homem conheça seus direitos, fazendo com isso que o homem ignorante seja um escravo, por serem inimigos do progresso e da ciência impedem o conhecimento da verdade dos bons costumes do Bem e da Perfeição.
Devemos também combater o fanatismo por que o mesmo perverte a razão e conduz seus seguidores, em nome de um deus a praticarem atos condenáveis. Dentre o fanatismo existe a superstição, contrário a toda razão e idéias que se deve ter a Deus, transformando em uma religião de ignorantes, tornando-se os maiores inimigos da religião, da felicidade, da harmonia que deve existir entre os povos, tornando-se um tormento e um flagelo para a humanidade. Como combatemos isso? Com a Solidariedade, mas ao contrário que muitos pensam, a Solidariedade não somente entre os Irmãos Maçônicos, mas a solidariedade entre todos os homens. Somente fanáticos, ignorantes e supersticiosos podem pensar que dentre nossas práticas está o amparo a somente a nossos Irmãos, é claro que em igualdade de condições, devemos sempre amparar a estes por os conhecer e saber que são livres e de bons costumes, mas um de nossos princípios e tratar todos com igualdade, independente de credo, cor, raça ou facções políticas. Todo verdadeiro Maçom deve conhecer a seus Irmãos e notar se os mesmos estão se afastando da Moral e da Honra, estes não devem ser amparados por nós em detrimentos de profanos que levem em seus corações, mesmo não sendo Maçons, a Harmonia e o Amor Fraternal que buscamos em todos. Buscamos a solidariedade a quem pratica o Bem, a quem sofre com a ignorância e são deixados de lado pela sociedade. A Solidariedade e a Moral Maçônica deve estar junto com as causas justas e nobres.
Mesmo que nos nossos juramentos prometemos defender e ajudar nossos Irmãos, o fizemos sempre que o necessitarem, mas se ele se desviar da Moral que pregamos, tornando-se um mau pai, um mau filho, mau irmão, cego pela ambição, fugindo dos Bons Costumes, é ele que se afasta de nós, e não nós que nos afastamos dele. Não devemos cometer injustiças somente para auxiliar um Irmão se este não é merecedor. Nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e a sermos bons cidadãos e não seria justo auxiliar um Irmão que não segue nossos princípios em detrimento de qualquer pessoa que trabalha incansavelmente pelos interesses da Sociedade e da Pátria. A Maçonaria não é uma “fábrica de santos”, devemos sempre estar atentos a deslizes que porventura alguns de nós estejam cometendo em proveito próprio para galgar elevadas posições. Devemos tomar o máximo cuidado, pois por melhores que sejam nossas intenções de fazer dos que nos cercam em nossas Lojas, muitos se infiltram e podem corromper a outros.
Devemos nos educar, nos instruir, corrigindo nossos defeitos e ajudando a corrigir os defeitos que por ventura um Irmão possa a ter.
Nossa Fraternidade nos ensina a dar e não a pedir sem justa necessidade.
Devemos viver em Harmonia, procurar esta Harmonia com todas as nossas forças, pois isso irá fortalecer nossas colunas, devemos separar o joio do trigo para cada vez mais sermos fortes na busca da Moral e com a Sabedoria que nosso Venerável Mestre nos transmite, a Força que encontramos em nosso Irmão Primeiro Vigilante e a Beleza que nosso Segundo Vigilante nos ajuda a ornar nossos atos, fazer um mundo melhor, mais justo e perfeito para se viver.



Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Terceira Instrução do A.'.M.'.

Esteio, 23 de setembro de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Terceira Instrução

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

A Terceira Instrução, ao contrário das duas anteriores onde foi enfatizados os significados dos símbolos e alegorias pelos quais a Maçonaria revela seus segredos aos novos iniciados e demonstram o caminho e a boa conduta que devemos seguir para nos tornar verdadeiros maçons, na terceira encontramos o conceito de Maçonaria, que é a união de escolhidos que seguirão uma doutrina, tendo por base o G.’.A.’.D.’.U.’., seguindo a regra natural das coisas, buscando a Verdade a Liberdade e a Lei Moral, tendo sempre como princípio a Igualdade, Fraternidade e o Progresso com a finalidade única de procurar a felicidade dos povos, sem preconceitos, sem distinção de credos, cores ou posição social e política.
Trás os deveres que o Maçom deve ter para consigo e para a sociedade que é venerar, sobre todas as coisas, o G.’.A.’.D.’.U.’., em todos os momentos, sem nada esperar em troca; tratar a todos, irmãos e profanos com igualdade e respeito, combatendo a ambição que nos assola e que atrapalha o convívio, bem como o orgulho que sempre devemos deixar de lado, procurando sempre fazer o bem livre de preconceitos; lutar contra todo e qualquer flagelo da Humanidade, a ignorância, os vícios, o fanatismo, pois isso atravanca o progresso de qualquer povo; dar a todos o direito de escolha, instruindo a fazer ver a estas pessoas qual a escolha que é condizente com a Moral; estar sempre pronto a ajudar as pessoas a encontrarem o melhor caminho a ser trilhado. Devemos fazer tudo isso por ter fé em tudo o que acreditamos, ter coragem de nos interpor quando a Moral está sendo deixada de lado, enfim, buscar sempre a fazer o Bem, independente dos obstáculos que teremos de transpor para alcançar nossos objetivos.
Fomos instruídos de como nos devemos fazer reconhecer Maçons, através do Sinal, do Toque e da Palavra bem como também o significado de cada um deles, a saber, o sinal como a honra de saber guardar os segredos que nos são dados a conhecer, preferindo ter a garganta cortada a revelar estes segredos; o Toque, certamente diferente em cada grau, nos fazer revelar em que grau nos encontramos e a Palavra, que tem como significado Beleza, Força e Apoio, não devendo ser pronunciada.
Para nos fazer lembrar porque estamos aqui, foi também relembrada que nossa vontade de sermos Maçons foi por sermos livres e de bons costumes e nos julgamos prontos para procurar a luz e entramos na Loja através de escolha e convite de um amigo que agora reconhecemos como Irmão, entrando despojados de qualquer metal para nos lembrar do estado primitivo da Humanidade, sem vícios.
A Loja que nos recebeu, para ser Justa e Perfeita deve ser governada por três irmãos, cinco que a compõe e sete a completam, sempre obedecendo a uma Potência Maçônica e que pratique rigorosamente todos os princípios da Maçonaria.
Para poder adentrar na mesma, iniciamos com três pancadas que significa “Batei e serei recebido”, Pedi e receberei”, “Procurai e encontrai”. Estes ensinamentos devem nortear nossa nova vida, se queremos ser recebido devemos mostrar humildade e bater à porta onde sabemos que iremos encontrar guarida, se precisarmos de apoio, de bons exemplos, de harmonia, de esclarecimentos para nossos atos, devemos pedir que prontamente seremos atendidos, se estamos procurando, como todo verdadeiro Maçom deve procurar, o melhor caminho para trilarmos, devemos procurar em nossos Irmãos que com certeza isso nunca será negado.
Nos foi brindado ainda com a lembrança das viagens que fizemos quando de nossa iniciação, com os olhos vendados, lembrando que as três viagens simbolizam a conquista de novos conhecimentos, os olhos vendados lembram as trevas e os preconceitos do mundo profanos que ora estamos deixando bem como a necessidade de que o homem tem de procurar a Luz, estávamos também com o pé direito descalço e o braço esquerdo e o peito desnudos para exprimir que eu dava meu braço a Instituição e meu coração a meus Irmãos, e o pé descalço, o respeito que devemos ter ao Templo. Cabe-me lembrar que no momento que estava sendo conduzido pelo interior do Templo, o fiz mesmo com o coração, sabedor que tudo o que estava sendo ritualisticamente feito, era para eu lembrar sempre da confiança que tenho de ter com meus agora Irmãos. Devo dizer também agora do orgulho que senti em todos os passos que dei vendado dentro do Templo, me sentindo uma ser privilegiado por estar sendo escolhido e posto à prova, provas e questionamentos que venci com certo receio mas com o coração leve de estar fazendo o melhor de mim.
Nada foi esquecido desta terceira instrução, as pontas do compasso em meu peito lembrando a vida profana, quando meus sentimentos e meus desejos não eram regulados pela exatidão, o compasso lembrando a relação dos Maçons com seus Irmãos e com todos os homens, traçando círculos menores e maiores, nos fazendo ver o extenso domínio que é o infinito, os três passos, formando com os pés um ângulo reto, significando a retidão necessária a quem deseja vencer na ciência e na virtude. A Pedra Bruta representando que tudo se encontra em estado imperfeito na natureza e, querendo continuar, devemos saber lapidá-la para sermos Justos e Perfeitos.
A Espada Flamejante tem o significado de defesa para a insubordinação, o vício e o crime sejam repelidos dos Templos e que a Justiça Maçônica seja rápida como os raios que desprendem da espada, emblema dos mais justos e nobres sentimentos.
O Esquadro no emblema do Venerável Mestre, significa que o chefe deve ter um único sentimento, o da retidão. O Nível, que adorna o colar o Irmão Primeiro Vigilante simbolizando a igualdade social. O Prumo, usado pelo Irmão Segundo Vigilante, significando que o verdadeiro Maçom deve ter retidão em seu julgamento. Tanto o Nível como o Prumo devem sempre usados juntos pois um completa o outro, não deixando o Maçom pender por amizades ou interesses, mas caminhar sempre com retidão.
Por último, a explicação de que o trabalho do Aprendiz inicia ao meio dia e finda à meia noite em homenagem a um dos primeiros instituidores dos Mistérios, Zoroastro, que reunia secretamente seus discípulos ao meio dia e terminava seus trabalhos à meia-noite, em um fraternal ágape.

Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

O Avental do Aprendiz Maçom

Esteio, 31 de outubro de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Avental do Aprendiz Maçom

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

Quando da solicitação que eu fizesse um trabalho sobre o porquê da abeta do Avental do Aprendiz Maçom ser levantada, feita pelo Irmão Primeiro Vigilante, pensei ser uma tarefa fácil e mentalmente pensei em dizer que a mesma era usada assim para proteger o coração do Aprendiz, recém chegada à Loja, suscetível a deslizes da vida profana, em relação ao avental usado na Maçonaria Operativa, usado para proteger o Aprendiz de lascas de pedras brutas no labutar de transformá-la em pedra polida.
Mas só isso não servia para mim, eu queria mais, eu vi que podia mais e, devidamente vestido de meu avental, pelo menos em pensamento, parti em busca de mais respostas e aprofundamento para este trabalho.
Claro que nos dias atuais, esta tarefa tornou-se um pouco menos difícil no que tange ao acesso de informações, mas muito mais difícil em agrupá-las de modo a ser recolhida, filtrada e transmitida a todos os irmãos.
Iniciei meu trabalho procurando a origem do Avental na Maçonaria e aqui cabe uma interpretação particular que acredito deva me seguir por toda minha vida maçônica que iniciou ao meio dia e terminará, penso eu, com minha passagem desta vida, ou seja a meia noite completa. Dedução que faço dos trabalhos maçônicos que iniciam ao meio dia e terminam à meia noite, isto é, como se nossas vidas fossem limitadas a um dia, até o meio dia foi minha vida profana, ao meio dia em ponto fui iniciado e a partir daí, minha nova vida, dedicarei meu tempo ao conhecimento, à razão, aos ensinamentos maçons que, espero eu só findem com minha troca de plano, que ocorrerá à meia noite.
Quero dizer com isso que a interpretação de simbolismos, de ritos seguirá minha vida a partir de agora e estas interpretações, deverão ser feitas em todos os momentos de agora em diante, claro que com o acompanhamento e orientação dos Companheiros e Mestres, mas de nada adiantará se não tiver meu pensamento engajado em tudo isso.
Dito isso posso continuar a vagar em informações e aceitá-los desde que minha própria razão esteja de acordo.
Voltamos ao Avental. Para isso devo ir além da Maçonaria Especulativa, além da Maçonaria Operativa. Quem foi, para muitos estudiosos, o primeiro Maçom? Devo dizer que me seduziu a idéia de que o primeiro Maçom foi Adão, pois quando criado pelo G.’.A.’.D.’.U.’., vivia ele em grande contemplação, em verdadeiro êxtase, vivia em união com Deus, momento em que a alma se funde com Deus. Quando ele foi “tentado” pela serpente, que para os hindus é o símbolo da razão, e para a própria igreja Cristã primitiva simbolizava a vitória de Cristo sobre o Demônio, como foi mostrado no deserto quando o mesmo vagou para jejuar e orar, na verdade ele foi convidado, foi chamado à razão, tirando-o do estado de êxtase e trazê-lo ao conhecimento da realidade, uma vez que sozinho ele não aprenderia nada, mas provando da árvore da vida ele teria condições de conhecer a verdadeira vida, conhecendo o Bem e o Mal. A partir daí, também simbolicamente, adotou uma folha de parreira que é, para muitos, o primeiro avental.
Outra simbologia sobre isso foi que Deus criou o Homem no sétimo dia, no término de sua criação e foi considerada sua obra perfeita. Na ciência dos números, o número 4 representa a matéria, Adão foi feito de terra vermelha, matéria. O número 3 representa o espírito, o sopro divino que deu vida a Adão. A soma é 7, um número perfeito, sagrado, muito estudado na Maçonaria. Significa dizer que o Homem, o sétuplo ser, a mais dileta das obras do G.’.A.’.D.’.U.’..
O Avental do Aprendiz Maçom também leva consigo este número, pois é composto comumente por um quadrado, ou retângulo, 4 lados, encimado por um triângulo, 3 lados, que na soma completam o número 7.
A abeta levantada no Avental do Aprendiz tem um significado material, pois na Maçonaria Operativa, servia para proteger seu peito quando o mesmo carregava as pedras para serem trabalhadas e no trabalho, protegia seu peito das lascas das pedras que o malho e o cinzel arrancavam da pedra bruta no trabalho de moldá-la, na realidade além de proteger fisicamente o corpo do Aprendiz já que normalmente era feito de couro de ovelha, servia também para proteger suas roupas. Já na Maçonaria Especulativa ou Moderna, tem um significado místico. A parte triangular, 3 lados, representa a parte espiritual, e a parte retangular, 4 lados, representa a parte material, como o Aprendiz ainda não é capaz de separar a vida espiritual da material, estas partes ainda não estão ligadas, estão separadas por um cordão, que também separa o corpo de quem usa o avental, da cintura para baixo é a parte material, procriadora, da cintura para cima, está a parte sensitiva, espiritual, que guarda o centro das forças.
O Avental do Aprendiz Maçom deve sempre ser usado com a abeta ou aba levantada, pois esta serve para proteger o chakra localizado na região do plexo solar, serve também para lembrar o Aprendiz Maçom que a parte espiritual (triangular) deve sempre estar acima da parte material (retangular).
Há algumas controvérsias no que tange a origem do Avental, mas é um legado da Maçonaria Operativa deixado para a Maçonaria Especulativa ou Moderna, mas seu significado para um Maçom é sempre a mesma, ligada intensamente ao trabalho que o mesmo deve exercer para seu aperfeiçoamento. É o símbolo do trabalho na construção do templo interior e símbolo das tarefas que devem ser cumpridas para o aperfeiçoamento de todo o Maçom.
Também é o símbolo do iniciado Maçom, representando sua prontidão para o trabalho e é o primeiro símbolo que o Novo Maçom recebe em sua iniciação com a instrução de que o mesmo deve SEMPRE ser usado em Loja, pois verdadeiramente é a vestimenta do verdadeiro Maçom.



Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Segunda Instrução do A.'.M.'.

Esteio, 16 de setembro de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Segunda Instrução

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

A Segunda Instrução nos mostra uma grande verdade, a existência de um ser superior, do Grande Arquiteto do Universo (G.’.A.’.D.’.U.’.) criador de tudo que existiu, existe e existirá.
Sabemos disso pois somos dotados de inteligência, e com ela sabemos distinguir o bem do mal e a Maçonaria está aí para nos ajudar a fazer progressos e a aperfeiçoar a forma de distinguir o bem que devemos sempre fazer do mal que devemos evitar em nós e nos que nos cercam.
Chamamos a isso de Moral, e na Maçonaria encontramos o ensinamento necessário para seguir nosso caminho para o bem. Na Maçonaria encontramos a mais pura e propícia formação de nosso caráter, tanto do ponto de vista social como individual.
Podemos fazer uma analogia deste progresso de aperfeiçoamento com nossa vida, dividida em infância, quando este discernimento é rudimentar, passando pela adolescência onde nos deparamos com muitos questionamentos e no final, na nossa fase adulta, onde podemos aperfeiçoar e elevar ao mais alto grau a nossa concepção de moral.
Sabemos desde nossa entrada na Maçonaria que o caminho será árduo e longo, mas não devemos esmorecer jamais, com certeza passaremos por bons e maus momentos, nestes casos, devemos retirar o máximo proveito dos bons momentos e fazer de trampolim os maus momentos.
A moral se baseia no amor ao próximo e a Deus e esta deve ser a base de todo o ensinamento moral.
Quando de nossa iniciação, provamos que somos livres e de bons costumes, mas só isso não basta, precisamos ter em nossas mentes que isso deve ser seguido em todo o resto de nossas vidas.
Nos é explicado que todo homem é livre, ninguém deve viver em escravidão, não devemos viver na escravidão que nossa vida profana muitas vezes nos priva de sermos livres por estar presos a conceitos. Não é ser escravo de sua liberdade, mas ser escravo de suas paixões. Por isso dizemos que temos de vencer nossas paixões e submeter nossas vontades, fazendo progresso na Maçonaria.
Quando fomos recebidos Maçons, estávamos nem vestidos e nem nus, despojados de todos os metais e com os olhos vendados para que ficássemos privados de nossa visão. A privação dos metais nos faz lembrar o homem em seu estado natural sem nenhuma vaidade, sem nenhum vício e sem orgulho e a cegueira momentânea nos leva ao homem primitivo, em sua ignorância sobre todas as coisas. Tudo isso nos leva a ver que tudo isso é imprescindível para alcançar a plenitude Moral.
Quando fizemos nossas viagens entre do Ocidente para o Oriente e do Oriente ao Ocidente, na primeira viagem é um caminho cheio de obstáculos, dificuldades e nebuloso, o segundo caminho é mais ameno, mas ouvindo o tilintar de armas e no final um caminho plano, rodeado de silêncio.
O primeiro caminho representa o caos que se acredita ter sido a criação do mundo, os primeiros anos do homem, o início dos tempos, onde as paixões dominam. sobrepujando a razão e as leis. O ruído das armas na segunda viagem representa a ambição dos homens, antes de encontrar o equilíbrio, as lutas travadas pelos homens para se colocar em igualdade com seus semelhantes. A terceira viagem, plana, sem obstáculos e rodeada de silêncio, nos mostra paz e tranqüilidade resultante da ordem e da moderação das paixões quando atinge sua maturidade moral.
Representativamente cada uma destas viagens findou em uma porta em que batemos. A primeira ao sul, onde foi nos mandado passar, na segunda, no Ocidente, fomos purificados pela água e na terceira, no Oriente, recebemos a purificação pelo fogo. Significando que para estar em condição de receber a Luz da Verdade, o homem deve se livrar de todos os preconceitos sociais e de educação e entregar-se de corpo e alma na procura da Sabedoria.
Estas três portas representam as três disposições para buscar a Verdade, a Sinceridade, a Coragem e a Perseverança.
Foi nos dada depois a Luz, Luz que nos ferio os olhos para nos fazer perceber que os raios da Luz da Verdade pode ofuscar a visão daquele que não está preparado para receber a Lua da Verdade,
Fomos ligados a Ordem Maçônica por um juramento, onde dissemos, com nossas palavras que guardaremos segredos que nos foram confiados, juramos amar, proteger e socorrer nossos irmãos sempre que isso for necessário.
Nenhum arrependimento tenho até o momento e quero que assim continue até o final de meu tempo com minha entrada da Maçonaria. Estou dando meus primeiros passos e quero fazer disso uma grande caminhada. Na segunda instrução é questionado se há algum arrependimento e digo do fundo do coração que não, fiz um juramento e, como nos ensina a segunda instrução, o faria novamente sem pestanejar se assim se fizesse necessário.
Estou me tornando um Maçom, muitos caminhos ainda terei que trilhar para alcançar meus objetivos ou os objetivos de todo o bom Maçom, e quero que todos os irmãos como tal me reconheçam.
Deverei ser reconhecido como Maçom pelos atos que praticar, buscando o ensinamento da Moral em nossos Templos, sei também me fazer reconhecer pelo Sinal, pela Palavra e pelo Toque. A palavra, como aprendiz, não a pronuncio, mas a soletro pois no meu início, como colocado na fase da ignorância, devo receber para depois passar adiante.
A representatividade do avental, que sempre tenho de estar usando em Loja, me faz lembrar que o homem nasceu para o trabalho e devo trabalhar incessantemente para buscar a Verdade e para buscar o aperfeiçoamento da humanidade.
Trabalhamos em um Templo na forma de um paralelogramo estendendo-se o mesmo o Oriente para o Ocidente de largura de Norte a Sul e altura da Terra ao Céu com profundidade até o centro da Terra. Templo este coberto pela abóbada azul onde encontramos estrelas e nuvens, tendo também representado o Sol e a Lua bem como inúmeros astros que conservam o equilíbrio da atração de uns aos outros. Abóbada sustentada por doze colunas que representam os doze signos zodiacais onde o sol percorre em um ano zodiacal. Nossa Loja também é sustentada pelas três fortes colunas representando a Sabedoria (Venerável Mestre) a Força (Irmão Primeiro Vigilante) e a Beleza (Irmão Segundo Vigilante), também conhecidas como as Três Luzes, uma no Oriente e as outras a Sul e a Norte.
O Oriente indica o ponto de onde provém a Luz e o Ocidente para onde ela se dirige. O Ocidente representa o mundo visível, de um modo geral, tudo o que é material e o Oriente simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, o mundo espiritual.

Outras figuras alegóricas fazem-se presentes em nosso Templo, são elas:
O pórtico, ladeado por duas colunas (que representam os dois paralelos solsticiais) em cujos capitéis encontramos três romãs (que, pela sua divisão interna, representam as Lojas e os Maçons espalhados pelo mundo e suas sementes, intimamente ligadas, nos lembram a União e a Fraternidade que deve existir entre os homens) abertos que nos mostram suas sementes.
A pedra bruta. Representa o homem sem instrução, nu de conhecimento quando as paixões ainda o dominam.
A pedra Polida ou Cúbica. Depois de receber instruções, já dominando suas paixões, o homem se liberta de suas asperezas, polindo a pedra.
O Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo. Por serem instrumentos de precisão, indispensáveis na construção de qualquer edifício que se queira ser perfeito, nos fazem ver que na Construção Social do Maçom, também devemos fazer uso dos mesmos para nossas novas conquistas. O Esquadro como a Retidão, o Compasso para a Justiça de nossos atos, e o Nível e o Prumo para a igualdade que devemos ter junto a nossos irmãos e a todos os homens.
O Maço ou Malho e o Cinzel. Representam a Inteligência e a Razão, ferramentas usadas pelo Aprendiz Maçom para o discernimento do Bem e do Mal.
O Painel da Loja. Onde encontramos todos os simbolismo de nossa Loja.
Ao Oriente o Sol e a Lua. O Sol e a Lua representam, respectivamente a Luz Ativa e a Luz Refletida, ou a Sabedoria e seus efeitos.
Ao Ocidente o Pavimento Mosaico. Representa a variedade de raças, cores, climas, religiões, opiniões políticas, mas ligados entre si, representa a União de todos os Maçons sem levar em conta estas diferenças.
A Prancheta da Loja ou Prancha de Traçar. Representa a memória, necessária para podermos fazer nossos julgamentos, conservando sempre o traçado que nossos Mestres nos traçam para nos guiar, também são indicados os esquemas que constituem a chave para o alfabeto Maçônico.
Toda a virtude deve ser exaltada, deve ser perseguida e abraçada com todas as nossas forças, devemos lutar para alcançar todas as virtudes. Em contrapartida, os vícios devem ser abandonados, execrados, afastados de nossos corpos e nossas mentes, por isso dizemos que em nossa Loja levantamos Templos à Virtude e cavamos Masmorras aos vícios.
Em nossa Loja estaremos sempre lutando para vencer nossas paixões, submeter nossa vontade e fazer novos progressos na Maçonaria.
O caminho é árduo, cheio de obstáculos e armadilhas, mas devemos trilhá-lo com o coração aberto, despojados de qualquer rancor que faça com que não alcançamos nossos objetivos. Devemos deixar de lado nossas paixões e vontades e nossas vaidades, o vaidoso busca posição para se destacar, o verdadeiro Maçom busca o trabalho para destacar a Maçonaria. Todo o valor de que nós Maçons buscamos, será medido pela busca incansável do Bem.



Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Instrução do M.’.M.’. Daniel aos A.'.M.'.

Esteio, 14 de outubro de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Instrução do M.’.M.’. Daniel

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

Fomos brindados com uma palestra muito rica em informações e detalhes sobre pontos da maçonaria que devemos sempre colocar em prática.
Foi nos ensinado que um bom maçom deve estar sempre atualizado e buscar sempre em que nos cerca, ensinamentos para a vida.
Serviu como exemplo o resgate dos 33 mineiros chilenos que haviam ficado presos em uma mina por mais de dois meses.
Mesmo sem entrar em detalhes sobre o mágico número 33, nosso Irmão Daniel nos mostrou a harmonia, a ajuda mútua, a esperança, a perseverança, de todos os envolvidos neste salvamento, mas principalmente nos 33 homens que, do interior da terra, em condições subumana, buscaram força para vencer a adversidade.
Sem desviar do foco do ensinamento que estava proposto a nos fazer ver, trouxe vários exemplos de ações que todo maçom deve ter no dia a dia, como escutar, aprender com todos e com todas as intempéries da vida, frisou as atitudes que um verdadeiro maçom deve ter, não só com outros irmãos maçônicos, mas com todos os que nos cercam, sem distinção.
O verdadeiro maçom não deve se preocupar em fazer o bem somente para com seus irmãos maçons, e sim com todos os que nos cercam.
Trouxe também uma fórmula de multiplicação de atos maçônicos que devemos fazer com as pessoas que nos cercam, mesmo não sendo maçons. Devemos levar o ensinamento através de atos ao próximo, dando um exemplo que se cada um conseguisse fazer com que somente quatro pessoas seguissem os bons exemplos nossos, e estes fizessem o mesmo com quatro outros, esta progressão geométrica faria, em pouco tempo, mudanças que tornariam nosso mundo muito melhor.
Achei de muita valia os ensinamentos obtidos neste pouco tempo que estivemos reunidos e sorvendo com entusiasmo o que nosso Mestre tinha para nos ensinar.
Acredito que quase todos os irmãos que estavam sendo premiados com este saber transmitido ficaram muito satisfeitos com o que foi explanado.
Se me for permitido opinar sobre algo que ainda não está plenamente satisfatório, diria que poucas brincadeiras houve e, para meu entendimento não deveria existir nenhuma, e frisar que, em uma palestra rica em informações, alguns comentários ou pequenas interrupções de um ou outro irmão mais afoito são, nestes casos, desnecessárias. Mas reitero, isso é uma opinião particular minha, que gostaria de ouvir, e ouvir muito de quem já galgou o grau máximo da maçonaria para poder sorver tudo o que é transmitido.
Espero ter muitas e muitas outras oportunidade de poder ouvir maravilhas de quem sabe transmitir.

Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Primeira Instrução do A.'.M.'.

Esteio, 05 de agosto de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Primeira Instrução

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

A Primeira Instrução nos faz ver a riqueza do simbolismo utilizada na maçonaria.
Nos mostra que, como na antiguidade, a maçonaria utilizava muitos símbolos para ocultar dos profanos seus segredos, revelando somente aos escolhidos seus ensinamentos.
É nos dito que, sendo o primeiro grau, o alicerce da filosofia simbólica, compete ao Apr.’. Maçom o trabalho de desbastar a pedra bruta, transformando-a em pedra polida, que nada mais é que, através do ensinamento, ocorrer nossa transformação, isto é furtarmos de nossos vícios e defeitos para nos aperfeiçoar moralmente.
Para isso usamos o Maço e o Cinzel, para depois de transformada a Pedra Bruta em Pedra Polida, ou seja, depois de nossa transformação, poder trocar por outras ferramentas para galgar a escada hierárquica da maçonaria.
Podemos entender que o Maço e o Cinzel servem para derrubar nossos obstáculos e superar nossas dificuldades.
Entendemos também que o Cinzel sem o Maço, seria um instrumento praticamente nulo, devendo ser usados em conjunto para o trabalho ser produzido com melhor efeito.
No Painel da Loja encontramos todos os símbolos que um Apr.’. Maçom deve conhecer.
A Loja deve ter um formato quadrilongo, com comprimento do Oriente ao Ocidente, com largura do Norte ao Sul e altura do Zênite ao Nadir (da Terra ao Céu). Simbolizando a universalidade da instituição, mostrando também que a caridade não deve ter limites.
Sua orientação é do Oriente ao Ocidente por vários motivos: o Sol, a glória maior do G.’.A.’.D.’.U.’. nasce no Oriente e finda no Ocidente; do Oriente também vem a civilização e a ciência e por último, a doutrina do Amor e da Fraternidade, bem como o cumprimento das Leis também vieram do Oriente.
O sustentáculo da Loja é feito por três Colunas, a Sabedoria, a Força e a Beleza. A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, a Força deve nos animar a sustentar nossas vicissitudes e a Beleza deve adornar nossas ações, nosso caráter e nosso espírito. Estas colunas também representam Salomão pela Sabedoria, Hiram pela Força e Hiram Abif pela beleza. Sabedoria, Força e Beleza também são conceitos de virtudes morais que todo o homem deve ter, principalmente o maçom, representando a Fé, a Esperança e a Caridade.
O Teto da Loja Maçônica representa a Abóbada Celeste com seus vários graus de iluminação.
No interior da Loja, encontramos Ornamentos, Paramentos e Jóias.
Ornamentos:
O Pavimento Mosaico; seus quadrados pretos e brancos representam o antagonismo de todas as coisas da natureza, onde tudo reside em harmonia. Tudo foi criado para viver em perfeita harmonia, não devemos olhar as diversidades como as cores e raças, o antagonismo das religiões e crenças tudo deve nos levar a ver somente que foram criadas para viver na mais íntima e perfeita Fraternidade.
A Orla Dentada; representa com seus múltiplos dentes, os Planetas que gravitam em torno do Sol, os povos reunidos em volta de um chefe, os filhos reunidos em volta dos pais, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja para aprenderem princípios morais e espalhá-los aos que nos cercam, independentes de maçons ou profanos.
As Grandes Luzes da Loja são representadas pelo Livro das Leis, o Compasso e o Esquadro. O Livro das Leis representa o código moral, a Fé que cada um tem e segue, comumente representado pela Bíblia para os cristãos, o Alcorão, o Torá, enfim, todo e qualquer Código Moral usado por cada um de nós.
O Compasso e o Esquadro, mostrados sempre unidos em Loja, representam a medida justa que deve guiar nossas ações, que não podem se afastar da justiça e da retidão de nossos atos.
As pontas do Compasso, ocultas pelo Esquadro significa que o Apr.’. Maçom, trabalhando na Pedra Bruta, não deve fazer uso daquele enquanto sua obra não estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.
As Jóias da Loja são três móveis e três fixas.
As Jóias móveis são o Esquadro, o Nível e o Prumo, são chamadas de móveis pois são transferidas a cada mandato para os novos Administradores, o Venerável, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante.
Esquadro - usado pelo Venerável Mestre, representa a retidão que o mesmo deverá ter em seus trabalhos e sentimentos perante seus obreiros em Loja.
Nível - Decorativo do Primeiro Vigilante, tem em sua simbologia o Direito Natural, que é a base para a igualdade social e que dele derivam todos os Direitos.
Prumo - Orna o Segundo Vigilante e simboliza o desapego ao interesse ou à afeição no trato com os obreiros.
As jóias fixas são a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Polida.
A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar o caminho que o Apr.’. Maçom deve trilhar para seu aperfeiçoamento. A Prancheta é também a chave do Alfabeto Maçônico.
A Pedra Bruta tem como finalidade o trabalho do Apr.’. desbastando-a, talhando-a até que seja julgada Polida pelos Mestres da Loja.
A Pedra Bruta é o material retirado “in natura” da jazida, até que, pelo trabalho constante do obreiro, fique na forma ideal para poder ser usada na construção do edifício. Representa o estado bruto, áspero e despolido até que pelo cuidado e instrução dos Mestres torne-se um ente Culto, capaz de fazer parte da Sociedade.
A Pedra Polida ou Cúbica é o material finalmente pronto, trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o Esquadro mostram que foi talhada de acordo com as exigências. Representa o saber do homem no fim da vida, quando o aplicou em atos de piedade e virtude, verificado pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da consciência esclarecida.
São fixas por permanecer imóveis em Loja, como um Código de Moral, aberto para a compreensão de todos os Maçons.

Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom

Minha experiência com a Iniciação Maçônica

Esteio, 24 de junho de 2010

Grande Oriente do Rio Grande do Sul
Loja Luz, Vida e Amor

Minha experiência com a Iniciação Maçônica

Venerável Mestre
Irmão Primeiro Vigilante
Irmão Segundo Vigilante
Caros Irmãos

Um bom tempo para ficar pensando em várias coisas é o tempo em que ficamos vendados antes da sessão de iniciação. Além da benesse de ter este tempo para pensar, serve também como teste de paciência.
O sentido de localização e de espaço quando se está vendado e sendo conduzido de uma lado para outro, subindo e descendo escadas, me fez sentir em outra dimensão. Mesmo que esta dimensão tenha sido somente a de meus pensamentos em tentar imaginar o que me cercava, onde eu estava, que sons ouvia, tentando imaginar o que estava acontecendo ao meu lado e o cenário de onde eu estava. Claro que uma cozinha era óbvio que existia, mas todo o resto era o que povoava meus pensamentos. Mesmo que eu, há muito tempo já tivesse entrado em um templo maçônico, imaginava que a escada me levava a um mezanino, e depois dele a uma sala que eu tinha certeza que era redonda ou oval (lembrando novamente que eu já havia entrado em um templo maçônico e não é segredo para nenhum neófito o formato de um templo maçônico), o teto também era diferente, era uma abóboda, sei lá por que. Sei que quando estava sentado no templo, com música, com incenso e o resto um silêncio quase total, tinha a certeza que alguém estava presente, me observando. Quando na sessão em si, fazendo os deslocamentos dentro do templo, cada vez que sentava, sentia que estava perto de uma parede, quando me dirigia onde agora sei ser o oriente, sentia que estava me deslocando nesta sala redonda, para o centro da mesma, sentia que acima de mim estava a abóbada do templo. Também imaginava que as pessoas que estavam assistindo a iniciação, que sabia serem muitas, estavam dispostas em círculo em volta do “estrado” central. Relembrando agora, devo dizer que os imaginava vestidos de túnicas brancas, como se senadores romanos fossem (isso deve ter sido uma falha muito grande de minha imaginação, pois sabia que todos estavam de ternos pretos). O espaço sempre senti bem maior que é na realidade. Por vezes chamava-me à razão e tentava imaginar o espaço interno comparando-o com o prédio que vi externamente ao chegar, mas acho que nunca ou poucas vezes consegui meu intuito.
Obediência sempre tive, posso estar sendo pouco modesto agora, mas me considero sim obediente. Por diversas vezes o Experto que me guiou, verificava se minha venda estava bem colocada. Devo dizer agora que fiquei sempre com os olhos fechados, nem tentei abri-los em momento algum, e se precisasse fazer todo o ritual sem venda e me fosse pedido que permanecesse com os olhos fechados, assim o faria. Penso eu.
Confiança foi o que vim buscar, tive total durante todo o tempo do dia da iniciação, e não pretendo nunca deixar de ter com todos e tampouco fazer com que algum ato meu faça com que meus irmãos não tenham mais confiança em mim. Por isso me entreguei de corpo e alma em tudo o que me era pedido antes, durante e depois da sessão de iniciação. Confiei quando me foi dito que nada de mal iria me acontecer e fui firme, determinado.
Entusiasmo não faltou nunca, mas devo confessar que pensei que uma resposta mal dada, um deslize ao me deslocar, ou qualquer coisa que pudesse não sair a contento, fizesse com que me encaminhassem para a porta de saída, fechando-a atrás de mim. Depois de refletir também sobre isso, vi que meus pensamentos não eram coerente com o que eu estava fazendo ali, eu estava ali por ter sido indicado por uma pessoa que via em mim alguma qualidade (espero um dia eu também poder ver esta qualidade), e por isso iria fazer de tudo para não decepcioná-la e espero nunca fazê-lo. Entusiasmo não faltou também para meus dois irmãos gêmeos, pois quando os mesmos pegaram o malhete para golpear a pedra bruta junto ao irmão primeiro vigilante, o fizeram com tamanha força que por pouco eu fiquei sem a ferramenta para desferir meu golpe. Avisado pelo primeiro vigilante, o fiz com que meu golpe fosse dado com um teor bem mais simbólico. Mas devo confessar que fiquei com receio de ter deixado alguma seqüela em nosso querido irmão César Magalhães quando da prática do tríplice e fraternal abraço. Emoção e entusiasmo juntos fez com que minhas mãos ficassem mais soltas e os golpes podem ter sido demasiados fortes. Se assim foi, espero com isso estar me desculpando.
É uma grande expectativa enquanto se fica esperando na sala dos Passos Perdidos ou no próprio templo. Depois todo o ritual com os olhos vendados, mais e mais a imaginação aflora, para que, quando nos é tirada as vendas, que tenhamos uma nova luz, não a que tínhamos até pouco tempo atrás, mas uma luz que vai nos guiar, porque assim o queremos, foi uma escolha, nos guiar para o conhecimento, para novos horizontes, vamos em busca de algo melhor, que sozinhos jamais o conseguiremos, temos de submeter nossas vontades, temos que buscar novos conhecimentos, agora como aprendizes, depois como companheiros e depois mestres, mas sempre aprendendo, sempre acumulando conhecimentos, sempre buscando o algo a mais que sempre irá faltar para sermos, justos e perfeitos.



Marcos Antonio Peruzzolo
Aprendiz Maçom